da redação
Piauí
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou, nesta semana, a suspensão imediata da comercialização de preservativos com sabor de pequi em todo o território nacional. A decisão veio após uma série de denúncias envolvendo mau cheiro, confusão em motéis e até evacuações de emergência em estabelecimentos.
O caso mais emblemático ocorreu em Parnaíba (PI), onde um motel foi evacuado às pressas depois que um casal acionou a recepção ao confundir o aroma do produto com um possível vazamento de esgoto. “O cheiro era insuportável. A gente pensou que algo tinha estourado”, relatou um funcionário do local, que preferiu não se identificar.
Fabricado por uma empresa piauiense, o produto foi lançado com a promessa de “trazer o sabor regional do Cerrado para a intimidade do casal”. No entanto, o aroma característico e persistente do pequi, apreciado por muitos na culinária, mostrou-se incompatível com o ambiente íntimo. “Uma coisa é na galinha caipira, outra é na hora do amor”, desabafou, entre risos, uma das pessoas afetadas.
A polêmica tomou conta das redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto alguns internautas acusaram a decisão de “ataque à tradição nordestina”, a maioria comemorou a medida. “Graças a Deus tiraram isso do mercado. Não tem romance que aguente esse cheiro”, comentou uma usuária no X (antigo Twitter).
A ANVISA esclareceu que a suspensão será mantida até que o fabricante realize novos testes de aceitação sensorial e comprove a segurança e viabilidade do produto. “Preservativos são dispositivos médicos e, além da eficácia, devem passar por rigorosos testes de aceitação e uso seguro”, informou a agência, em nota oficial.
Por enquanto, o pequi, amado por uns, odiado por outros deve seguir restrito ao prato. E bem longe do quarto.