Da Redação
Brasil
A Fórmula 1 voltará às telas da TV Globo a partir de 2026. A decisão da Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da categoria, surpreendeu o mercado brasileiro ao optar pela emissora carioca mesmo diante de propostas financeiramente mais vantajosas de concorrentes. Segundo a jornalista especializada Julianne Cerasoli, os bastidores da negociação revelam que o fator determinante foi a audiência.
De acordo com Cerasoli, três emissoras brasileiras apresentaram propostas formais: a Record ofereceu US$ 13 milhões, a Band US$ 10 milhões e a Globo US$ 8 milhões. Tanto a Record quanto a Band também se comprometeram a transmitir todas as 24 etapas da temporada na TV aberta, ao passo que a Globo transmitirá um número menor de corridas gratuitamente.
Ainda assim, a Liberty Media optou por fechar com a Globo, apostando na força histórica da emissora em alcançar maiores índices de audiência. “As duas propostas ofereciam mais dinheiro e tempo no ar à F1, mas a Liberty Media está convencida de que a Globo pode entregar números de audiência melhores”, destacou Cerasoli.
Com isso, a parceria entre Fórmula 1 e Globo será retomada após a ruptura ocorrida no fim de 2020, quando os direitos migraram para a Band. A mudança promete devolver à principal categoria do automobilismo mundial uma vitrine de maior alcance no Brasil, ainda que com menor exposição na TV aberta.
A escolha reforça a estratégia da Liberty Media de priorizar mercados e emissoras com maior potencial de engajamento e audiência, mesmo em detrimento de ofertas mais lucrativas no curto prazo. Para os fãs brasileiros, o retorno da F1 à Globo representa a reedição de uma tradição que marcou gerações desde os tempos de Ayrton Senna até o domínio recente da era híbrida.
