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POLÍCIA Sábado, 30 de Novembro de 2024, 09:58 - A | A

30 de Novembro de 2024, 09h:58 - A | A

POLÍCIA / MONSTRO MORTO

Homem que matou filha e esfaqueou família morre em confronto com Bope em MT

Vanderley não aceitava fim de relacionamento

BRENDA CLOSS e JOÃO CARLOS do Folha Max



Vanderley Evaristo da Silva, de 44 anos, foi morto durante um confronto com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na noite desta sexta-feira (29), na divisa entre Porto Esperidião e Figueirópolis D'Oeste. Ele era suspeito de ter matado a filha de 15 anos e ter esfaqueado a ex-mulher e os ex-sogros na noite de quinta-feira (28) no Assentamento Florestã Fernandes, em São José dos Quatro Marcos (343 km de Cuiabá).

Após cometer o crime, ele mandou um áudio para o ex-cunhado, confessando a chacina. As vítimas foram Thalita Evaristo da Silva (filha que foi morta), Lucélia da Silva Brandão, de 40 anos, mãe de Thalita, um idoso de 70 anos e uma idosa de 62 anos, ex-sogros do suspeito, que também foram esfaqueados.

Na gravação, Vanderley afirma ter deixado as mortes como "herança" para os familiares das vítimas e que faltou matar o ex-cunhado. "Ceis não queria herança? Aí a herança pro ceis. Matei seu pai, matei a dona Ana, matei a Lucélia e matei a Talhita. Matei quatro. Vai lá, manda socorrer pra ver se salva algum. Tá bom? Minha vida já foi pro inferno. Tchau, vai lá, desgraçado. Faltou matar você", disse.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma adolescente de 16 anos, filha de Lucélia e sobrevivente ao ataque, informou que o pai teria entrado em contato para conversar sobre a relação do ex-casal. A menor disse que viu o suspeito falando com sua mãe e que ele escondia algo atrás das costas.

Momentos depois, o pai mandou a mãe entrar na residência e a trancou junto com sua irmã. Em seguida, retirou as chaves da porta. Posteriormente, a adolescente viu o suspeito cortar o pescoço de sua mãe e, em seguida, conseguiu fugir pela janela e se esconder em um milharal. Ela relatou que ficou escondida até se sentir segura para pedir socorro.

Esperou o pai sair, mas logo depois o viu entrando na casa dos avós (ex-sogros do suspeito), onde os atacou. Quando questionada sobre ameaças recorrentes, a adolescente informou que o suspeito já havia feito ameaças contra a família, mas não havia relatado nada à polícia.



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