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O mercado pecuário voltou a registrar altas nas cotações na maioria das regiões brasileiras nesta quarta-feira (11/6). Das 32 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, 23 tiveram altas nos preços pagos pelo boi gordo.
Em apenas nove regiões houve estabilidade: Campo Grande (MS), Três Lagoas (MS), oeste do Rio Grande do Sul, Pelotas (RS), norte e sudeste de Mato Grosso, Paragominas (PA), sudeste de Rondônia e Acre.
Nas praças de Araçatuba e Barretos, referências para o mercado de São Paulo, o escoamento da carne bovina fluía bem, estimulando os negócios, o que permitiu o aumento da cotação em todas as categorias. As escalas de abate atendiam, em média, a 11 dias.
Dessa forma, nas praças paulistas, a cotação da arroba do boi gordo e do “boi China” subiu R$2, para R$ 314 e R$ 317, respectivamente. O preço da vaca subiu R$ 3, para R$ 285 a arroba, e o da novilha aumentou R$ 5, para R$ 300 a arroba.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em São Paulo, a oferta está mais restrita que em outras praças. Em geral, os negócios do mercado paulista estão saindo entre R$ 305 e R$ 325. O indicador Cepea/Esalq, fechou nesta quarta-feira a R$ 314,20, alta de 2,65% desde o início de junho.
No mercado de reposição, o Cepea destaca que estão ocorrendo muitos negócios de bezerros a preços firmes, enquanto as vendas de boi magro estão mais lentas. “Alguns pecuaristas de cria e recria, inclusive, têm optado por fazer a engorda ao invés de vender o boi magro”, afirma o Centro de Estudos.
Segundo os dados da Pesquisa Trimestral do Abate, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta quarta-feira, no primeiro trimestre de 2025 o abate de bovinos cresceu 4,6% em relação a 2024, atingindo 9,86 milhões de cabeças — o maior nível para um primeiro trimestre em toda a série histórica da pesquisa.
O abate de fêmeas aumentou 11,3% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 4,85 milhões de cabeças. Trata-se da maior participação de fêmeas no abate de bovinos já registrada para o período.