Revoltados com a situação de instabilidade provocada pela alta do diesel e baixo custo no frete, caminhoneiros de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde resolveram trancar a BR 163 a partir desta quarta-feira (18). Organizadores do manifesto explicaram que a situação está incontrolável e muitas empresas podem ir à falência com o atual cenário.
Segundo os organizadores entre quarta e quinta (18 e 19) será feito um trabalho de conscientização dos motoristas para aderirem ao manifesto, a partir de sexta-feira (20), a rodovia será fechada totalmente para caminhões sendo liberado apenas a passagem de carros de passeio, ambulâncias e ônibus.
A categoria reclama que as grandes empresas que ditam as regras do mercado não cumprem a legislação, e culpam as tradings de serem co-responsáveis pelo caos. Um caminhoneiros explicou ao Mutum Noticias que o frete entre Nova Mutum e Rondonópolis já chegou a custar R$ 92,00 a tonelada e nos últimos o preço despencou e o valor que está sendo praticado é R$ 65,00 a tonelada, “Como que trabalhamos dessa maneira? Esse valor que estão pagando atualmente era pago há sete anos, não temos mais condições de trabalhar, é frete baixo, governo federal aumentando o diesel, chegamos ao ponto que se não houver mudanças teremos que mudar de profissão”, desabafa.
A pauta de reivindicações dos motoristas é composta por: Aumento “abusivo” do preço do óleo diesel, baixas tarifas de frete praticadas na safra atual, redução da alíquota do ICMS incidente sobre o preço do óleo diesel, entre outras.
Os caminhoneiros também vão pedir ao Governo do estado que intervenha junto as tradings e empresas agenciadoras que estão estabelecendo o preço do frete abaixo do previsto na Portaria nº 244/2014 instituída pela Sefaz/MT. Os organizadores cobram que o estado aplique sansões as empresas que não cumprirem a legislação em vigor.
A BR 163 é o principal eixo de escoamento da safra produzida em Mato Grosso, a escolha das cidades de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde é estratégica uma vez que as cidades são entroncamentos de rodovias estaduais e recebem também todo fluxo de caminhões que vem da região norte.
Fonte:Assessoria