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Impulsionadas pelas redes sociais, as cirurgias íntimas têm sido procurada por mulheres que se incomodam com suas partes íntimas e desejam melhorar a autoestima e bem-estar com uma repaginada na região. Entre os procedimentos mais procurados está a ninfoplastia a laser, técnica utilizada para a reduzir os pequenos lábios vaginais.
Por ser menos invasiva que a cirurgia convencional, o método a laser oferece cortes mais precisos e promete uma recuperação mais rápida e com menos dor, segundo relatos médicos.
A ninfoplastia é recomendada principalmente em casos de desconforto físico ou emocional causado pelo tamanho ou formato da região íntima. Ainda assim, como qualquer cirurgia, a íntima também envolve riscos, incluindo cicatrizes, fibroses e alterações de sensibilidade.
O fator estético foi crucial para que a servidora pública entrevistada pela reportagem, e que não quis se identificar, realizasse o procedimento.
Foto: Arte g1

A mulher contou que possuía uma assimetria nos pequenos lábios, o que gerava insegurança. Por isso, optou pela cirurgia. Ela precisou fazer dois procedimentos.
O primeiro foi realizado em junho de 2024. A médica que fez a cirurgia agiu com cautela e retirou a quantidade mínima de tecido da região. Isso porque, a profissional de saúde não sabe como o organismo e a pele de cada pessoa irá se regenerar.
No entanto, a região permaneceu assimétrica e a servidora decidiu pelo retoque, realizado em fevereiro deste ano. “A recuperação é tranquila, dor não senti, é mais um desconforto, principalmente porque quando sentamos ou andamos, acabamos fazendo atrito na área”, contou.
A mulher também narrou que tanto a operação quanto a recuperação foram tranquilas e ela não teve complicações. “Não dói nada na hora. E depois, quando passa o efeito da anestesia, é mais desconforto que dor. Tem que ter alguns cuidado, com limpeza, remédios, compressa gelada. Fiz repouso por mais ou menos uma semana. Não me arrependi, não. Achei que o resultado foi muito bom”, disse.
De acordo com o cirurgião plástico Fernando Amato, que atua na área e observou aumento de cerca de 10% na procura por esses procedimentos em seu consultório, é comum que mulheres apresentem diferentes demandas, como flacidez, escurecimento da pele íntima ou perda de volume.
Nestes casos, opções como o uso de preenchedores (como ácido hialurônico), lipoenxertia e laser de CO₂ para clareamento são alternativas possíveis.
“Cada paciente chega com uma história única, e o mais importante é entender suas motivações e alinhar expectativas com o que a cirurgia pode ou não oferecer”, afirma Amato. Ele reforça que sequelas de cirurgias anteriores e o histórico clínico devem ser considerados no planejamento de qualquer intervenção.
Para especialistas, mais do que estética, a decisão por uma cirurgia íntima deve levar em conta fatores como qualidade de vida, autoestima e o impacto no relacionamento afetivo.
A recomendação é que o procedimento seja sempre feito com acompanhamento médico, após uma avaliação criteriosa e com diálogo aberto sobre riscos, limites e possibilidades reais.