Mauro Fonseca/Da Redação
Rio de Janeiro/Brasil
Um vídeo inusitado viralizou nas redes sociais ao mostrar um drone de grande porte sobrevoando uma comunidade carioca transportando uma pessoa sentada em uma cadeira acoplada à estrutura da aeronave. O que muitos estão chamando de “drone-táxi” chamou atenção pela ousadia, criatividade e, principalmente, pelo risco envolvido.
Na gravação, é possível ver o equipamento improvisado que mais parece saído de um filme de ficção científica, pairando no céu enquanto carrega o passageiro com relativa estabilidade. Apesar da aparente tranquilidade do voo, a cena escancara os perigos de um transporte totalmente fora das normas de segurança e fiscalização.
A cena, que mistura improviso e engenharia criativa, reforçou nas redes sociais a célebre frase: “o Rio não é para amadores”. Com milhares de compartilhamentos e comentários, o “drone com cadeira” gerou debates acalorados sobre os limites entre inovação e imprudência, especialmente em áreas onde o acesso à mobilidade tradicional é limitado.
Especialistas em aviação e segurança alertam para os riscos. “Esse tipo de equipamento não pode ser operado para transporte de pessoas sem certificações rigorosas. Um acidente com um drone desses pode ser fatal”, afirmou um engenheiro aeronáutico ouvido pela reportagem.
Por outro lado, usuários nas redes elogiaram a criatividade dos responsáveis pelo projeto, vendo no episódio uma metáfora da engenhosidade das periferias brasileiras diante da falta de recursos e políticas públicas. “É perigoso, sim. Mas também é um grito por soluções inovadoras em lugares onde o Estado pouco chega”, comentou um internauta.
Até o momento, não há informações sobre quem seria o piloto do drone, nem se as autoridades locais estão investigando o caso. O vídeo, no entanto, já entrou para a longa lista de registros que, ao mesmo tempo em que surpreendem, também levantam reflexões sobre desigualdade, acesso e segurança.
No Rio, mais uma vez, o improvável se torna real e viral.
