Diogo Silva/Terra MT Digital
Lucas do Rio Verde/MT
Na manhã desta quinta-feira, 31 de outubro, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou a Operação Rota do Sertão, cumprindo mandados de busca e apreensão em uma residência localizada na Rua dos Pássaros, no bairro Parque das Emas, em Lucas do Rio Verde.
A ação visa desarticular um grupo criminoso envolvido no transporte ilegal de drogas e madeira para o Nordeste brasileiro. A operação foi autorizada pela 5ª Vara Criminal de Sinop e incluiu a execução de oito mandados, sendo dois de prisão temporária e seis de busca e apreensão.
Além disso, 22 carretas e quatro veículos de passeio pertencentes aos investigados foram sequestrados, totalizando um valor estimado em R$ 10 milhões. De acordo com as investigações, o grupo utilizava o município de Sinop como base estratégica para enviar drogas ao Nordeste e cargas de madeira ilegal para estados do Sudeste.
Em uma ação anterior, a equipe da FICCO-MT apreendeu 800 quilos de cloridrato de cocaína na cidade de Picos (PI), quando a droga era transportada para o porto de Pecém, no Ceará. A investigação revelou que a cocaína foi adquirida na fronteira com a Bolívia e transportada até um entreposto em Sinop, onde foi misturada a cargas lícitas para dificultar a interceptação policial.
Além do tráfico de drogas, o grupo também estava envolvido em crimes ambientais. Em uma abordagem em Goiânia (GO), foi apreendida uma carga de madeira transportada sem a documentação ambiental necessária. As investigações indicam que os criminosos utilizavam caminhões clonados para minimizar riscos em caso de apreensão.
Em um episódio anterior, em 28 de junho deste ano, um veículo com restrição de roubo foi localizado em uma oficina em Sorriso. O carro estava sendo desmontado para que suas peças fossem utilizadas em outro caminhão do grupo. Na ocasião, o responsável pela oficina foi preso em flagrante.
Para ocultar o fluxo financeiro e os bens adquiridos ilegalmente, os membros do grupo criaram empresas de fachada registradas em nome de “laranjas”. Essas empresas operavam com uma frota de 22 caminhões cujas sedes estavam localizadas em residências ou terrenos baldios.
A operação contou com o apoio das delegacias da Polícia Federal e Civil nas cidades vizinhas como Sorriso e Guarantã do Norte.