Gustavo castro/ Olhar Direto
Os prefeitos de Feliz Natal e Claúdia, Altamir Kurten (PSDB) e José Antônio Dubiella (PSD), respectivamente, e mais 13 servidores da Secretaria de Estado do Meio-Ambiente (Sema), que foram afastados de suas funções, estão entre os alvos da Operação Desbaste, deflagrada nesta quinta-feira (21) pelo Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco). A reportagem apurou que na casa de Altamir, a Polícia apreendeu R$ 116 mil em espécie, além de diversas folhas de cheque.
A operação visa combater uma organização criminosa formada para fraudar licenciamentos ambientais e sistemas de controle ambiental. Além disso, os responsáveis atuaram na lavagem de dinheiro e outros ativos criminosos alcançados com desmatamento.
Estão sendo investigados milhares de metros cúbicos de árvores de desmatamento principalmente na Floresta Amazônica. O esquema contava com a participação de engenheiros, agentes públicos e empresários.
Ao todo, foram cumpridos 37 ordens judiciais, sendo 20 de mandados de buscas e apreensões e 17 medidas cautelares.
Além de Cuiabá, Cláudia e Feliz Natal, os mandados são cumpridos também em Sinop, Santa Carmem, Alta Floresta e Colniza.
O Olhar Direto apurou que 13 servidores da Sema foram afastados de suas funções pela secretária estadual de Meio-Ambiente, Mauren Lazaretti.
São eles: Victor Carneiro Pereira da Fonseca; Eunice Luna Falqueto; Flavio Hoescher da Sival; Floriano da Cunha Pinheiro; Huelton Lima da Silva; Jackson Monteiro de Medeiros; Jean Paulo Bahia de Oliveira; Joelson Lucas de Albuquerque; Ricardo Heinen Borges da Silva; Bruna Ribeiro de Oliveira; Ana Paula Alves Gondim; Eduardo Silva Penna e Ronnky Chaell Braga da Silva.
As investigações apontam que os prefeitos eram os responsáveis por cooptar fazendeiros para participar do esquema de desmatamento.
Os investigados respondem pelos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção e outros crimes contra a administração ambiental, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 20 anos. O inquérito está sob sigilo judicial.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Cláudia. Ligação foi atendida por uma funcionária, mas logo depois o telefone foi desligado.
Em Feliz Natal, ninguém atendeu.
O espaço segue aberto.
Comentarista 21/09/2023
E quem vai pedir licença normalmente, cumprindo todos os quesitos, as pendências, as exigências, a enrolação, o cansaço, enfim, desiste por que não consegue. Funciona assim, no jeitinho brasileiro...
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