GloboRural
Brusque/SC
Apontada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o alimento do século 21 pela versatilidade e riqueza nutricional, a mandioca (ou aipim ou macaxeira, dependendo da região do Brasil) apresenta casca áspera e marrom e peso entre cinco e dez quilos por raiz. Mas, em alguns casos, o número pode ultrapassar – e muito – a média. Em Brusque (SC), Osni Groh, de 67 anos, se surpreendeu ao encontrar, na última segunda-feira (4/8), 49 quilos do tubérculo em um único pé da planta originária da América do Sul.
À Globo Rural, o tecelão aposentado e, agora, agricultor, conta que aprendeu a cultivar mandioca com o avô na cidade do Vale do Itajaí e que a raiz gigante exigiu esforço redobrado. O tamanho avantajado e a ausência de ferramentas adequadas ou outras pessoas fez a mandioca, plantada em 2023, se despedaçar em várias partes durante o trabalho que durou quase duas horas.
“Quando eu fui nela, percebi que era grande. Então, fiz a limpeza para raspar o solo. Quando atingi a primeira parte, vi que deu, aproximadamente, um metro e tentei tirar da terra sem quebrar, mas não foi possível. A maior de todas pesava 18 quilos, e o pé inteiro rendeu 49 quilos. Uma coisa linda”.
Foto: Divulgação/CiroGroh

Veja fotos da mandioca gigante colhida em SC.
O destino da mandioca colhida na propriedade rural foi selado pouco tempo depois, revela ele: a produção de farinha. Isso porque, o consumo na forma cozida não é indicado quando a espécie é cultivada por tanto tempo.
“A mandioca tem dois estágios. Ou você colhe ela prematura, entre oito a dez meses, e consome como purê ou deixa para formar o amido e o polvilho. Estimo que os 49 quilos de mandioca possam render até dez quilos de farinha”.
Além de mandioca, destinada para o consumo próprio ou a produção de farinha, o agricultor catarinense também cultiva batata, feijão, milho, batata-doce, feijão-de-vara, amendoim, tomate, abóbora, alface, couve, repolho, entre outras hortaliças.
Milagre da natureza?
Depois do plantio de mandioca no segundo semestre de 2023, a área foi atingida por uma enchente e ficou alagada, deixando Osni Groh desanimado e sem esperanças de que pudesse colher qualquer coisa meses depois. No entanto, estava bem enganado. A planta conseguiu se recuperar e se desenvolveu.
“Quando ficou submersa por quase dois metros de água, eu não dei mais cuidados e deixei por conta da natureza, que respondeu e a salvou. A matéria orgânica que a enchente trouxe também ajudou na adubação, inclusive”, finaliza.
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