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GERAL Segunda-feira, 27 de Dezembro de 2021, 12:50 - A | A

27 de Dezembro de 2021, 12h:50 - A | A

GERAL / 11 DIAS DE PARALISAÇÃO

Policiais penais mantêm greve e sugerem aumento parcelado

A greve foi declarada ilegal pela Justiça. A categoria busca reajuste salarial de cerca de 40%

Daffiny Delgado/Repórter MT



Mesmo com a nova decisão do desembargador Pedro Sakamoto, que dispensou a intimação e mandou bloquear cerca de R$ 1 milhão das contas do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), a categoria afirmou que a greve continua em Mato Grosso, por tempo indeterminado.

O presidente da entidade, Amauri Benedito Paixão, declarou na manhã desta segunda-feira (27), que a categoria não é intransigente e que sempre esteve aberta ao diálogo com o Governo do Estado. Além disso, ele sugeriu que o reajuste salarial não precisa ser pago necessariamente de uma vez só.

"Nossa luta é legítima, estamos buscando reajuste que não nos é dado há quase 10 anos. A categoria não é intransigente e se o governo oferecer um parcelamento desse reajuste é claro que aceitaremos. Não queremos briga com o governo e muito menos com o Judiciário, só estamos lutando pelo nosso direito", destacou.

Os policiais penais estão em greve desde o último dia 16. A categoria reivindica equiparação salarial com a das outras forças de segurança. Por conta do movimento, a entrada de presos nas penitenciárias e cadeias do estado estão suspensas. Dentro das unidades, os reeducandos estão sem receber visitas.

Na tentativa de frear o movimento, a Justiça de Mato Grosso decretou a ilegalidade do movimento e estabeleceu multa diária de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.

No entanto, a greve continuou e na semana passada, Sakamoto determinou o afastamento de Amauri da presidência do Sindspen e estabeleceu multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.

A categoria se baseia no fato de não terem sido notificados para manter a greve e por conta disso, no domingo (26) o desembargador dispensou intimação e pediu o bloqueio imediato das contas da entidade e de seus dirigentes.

Passeata no Centro

Na manhã desta segunda-feira, dezenas de servidores foram às ruas protestar contra as decisões do judiciário e pedir apoio da população. Com faixas e cartazes, os policiais penais cobram reajuste salarial e valorização da categoria.



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