Mauro Fonseca/Power Mix
Cuiabá
Por decisão monocrática do Desembargador Luiz Ferreira da SIlva o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) foi mais uma vez afastado do cargo. Conforme a decisão, além do prefeito, o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues, o ex-secretário adjunto de Saúde Milton Corrêa e o assessor executivo da Secretaria de Governo Gilmar Cardoso também são investigados, supostamente liderados por Emanuel Pinheiro, principalmente na Secretaria de Saúde de Cuiabá.
O afastamento atendeu o pedido do Ministério Público e de acordo com o TJ, o prefeito pode ingressar com Agravo Interno na Turma de Câmaras Criminais Reunidas. Ele tem prazo de 15 dias para interpor recurso após ser intimado.
De acordo com o documento, as investigações começaram no dia 15 de fevereiro, quando foi identificado que Emanuel e os citados acima repetiram ações da Operação Capistrum contra uma organização criminosa deflagrada em 2021.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), as medidas foram solicitadas de forma cautelar após investigações apontarem indícios de ilegalidades na Secretaria Municipal de Saúde. O MPE não especifica quais ilegalidades seriam essas, já que o processo corre em sigilo.
"Nenéu" como ficou conhecido o prefeito da capital ja havia sido afastado em 2021 e conseguiu retomar o mandato. Desta vez o afastamento tem validade de seis meses a contar da data da notificação, que segundo a assessoria ainda não aconteceu. O fato vem a tona um dia apenas depois de Emanuel ter dito que "nenhum politico de Mato Grosso tem moral para falar mal dele".