Gustavo Castro/OlharDireto
Guarantã do Norte/MT
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluiu que o disparo efetuado pelo médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que matou a namorada Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi acidental. O laudo da reprodução simulada foi divulgado nesta segunda-feira (26) e, segundo o órgão, "corrobora a versão do suspeito". Apesar da conclusão técnica, a Polícia Civil afirmou que o médico deve ser indiciado por feminicídio com dolo eventual, já que assumiu o risco ao manusear a arma de fogo de forma imprudente dentro de um carro, sem garantir a segurança da vítima. Bruno também não possuía porte de arma.
O caso aconteceu no dia 3 de maio, em Guarantã do Norte/MT (721 km de Cuiabá/MT). O médico foi preso preventivamente e segue à disposição da Justiça.
Relembre
De acordo com o boletim de ocorrência, Bruno levou a adolescente ao hospital após o disparo. Ao chegar à unidade, a Polícia Militar confirmou o óbito da jovem. Um enfermeiro relatou que o médico estava visivelmente abalado e implorava para que a equipe salvasse a vida da namorada. Os profissionais tentaram reanimá-la por cerca de 40 minutos, sem sucesso.
Testemunhas relataram que, após a confirmação da morte, Bruno teve uma crise emocional e chegou a danificar janelas e portas do hospital.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que ele já havia brincado com a arma em outras ocasiões.
Com base na investigação, a Polícia Civil indiciou o médico por sete crimes: feminicídio com dolo eventual, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dano ao patrimônio público, servir bebida alcoólica a menor de idade, entregar veículo automotor a pessoa não habilitada e dirigir sob influência de álcool.