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SORRISO Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2024, 15:54 - A | A

06 de Fevereiro de 2024, 15h:54 - A | A

SORRISO / Fique atenta

Adolescente realiza primeira relação sexual mas acaba na mesa de cirurgia após romper “Saco de Douglas” em Sorriso/MT

Segundo informações a cirurgia ocorreu tranquilamente e a jovem não corre risco de perder a vida

Alex Coelho
Sorriso



Na semana passada, um caso envolvendo uma jovem de 19 anos e um jogador de futebol do Corinthians Sub-20, movimentou os noticiários, por conta do falecimento da garota após um ato sexual, que segundo o jogador se deu de forma consensual. A jovem infelizmente acabou vindo a óbito depois que a perícia identificou um intenso sangramento em sua região íntima.

Desta vez, um caso parecido com este aconteceu em Sorriso/MT neste final de semana.

Segundo informações uma adolescente de 16 anos acabou sofrendo uma laceração no canal vaginal, rompendo uma parte chamada de Saco de Douglas. As informações ainda dão conta que o fato aconteceu após adolescente, realizar o ato sexual pela primeira vez.

A jovem foi levada para UPA de Sorriso/MT, com uma lesão de aproximadamente 4cm, e posteriormente foi encaminhada ao Hospital regional para realizar uma cirurgia.

Segundo informações a cirurgia ocorreu tranquilamente e a jovem não corre risco de perder a vida.

O QUE É O “SACO DE DOUGLAS”

O ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, médico associado à FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que saco de Douglas é o nome anatômico dado ao espaço que fica na parte baixa do abdômen, entre o útero e o reto. “A bexiga, o útero e o reto são órgãos centrais — do útero saem as trompas, uma para cada lado, e os ovários são órgãos laterais, um à esquerda e um à direita. O espaço que se forma na porção que engloba a parte de trás do útero, o meio da trompa e do ovário esquerdo, e o meio da trompa e do ovário direito ganha o nome de fundo de saco de Douglas“, explica.

Segundo o obstetra, a ruptura dessa região pode gerar uma hemorragia bastante intensa: “Isso porque a vagina é suprida por ramos arteriais com intensa pressão sanguínea, além de serem ramos terminais maiores”. Pupo detalha como isso ocorre: “A aorta [uma das maiores e mais importantes artérias do corpo humano, responsável por levar oxigênio para todo o organismo] se divide nas artérias ilíacas direita e esquerda, interna e externa. A externa vai irrigar as pernas e a interna irriga os órgãos pélvicos. O ramo dessa artéria ilíaca interna irriga a vagina. Por isso, a pressão arterial é grande nessa região. Então, uma ruptura do saco vaginal acaba gerando um sangramento importante”.

Quais são os riscos de um rompimento?

O caso da jovem de 19 anos não só chocou as pessoas, como gerou curiosidade. Afinal, quais são os riscos dessa região se romper durante o ato sexual? “O fundo do saco vaginal é bastante resistente e, obviamente, é preparado para o ato sexual. Então, ele não se rompe facilmente em pacientes que estão em idade fértil”, afirma.

No entanto, segundo Pupo, os riscos de uma ruptura aumentam na pós-menopausa [período marcado pelo fim das ovulações mensais]. “Por conta da atrofia causada pela falta de hormônios, a vagina vai ficando mais fina, delgada e perde o que chamamos de complacência — vai ficando menos elástica. Isso pode, eventualmente, contribuir para o rompimento em pacientes de mais idade, que não fazem reposição hormonal. Mas em pacientes jovens, dificilmente isso acontece durante o ato sexual. Via de regra, para romper o fundo de saco de Douglas em uma paciente em idade fértil, algo fora do padrão natural aconteceu — como a penetração com um objeto cortante, muito rígido ou muito maior do que o comprimento vaginal”, pressupõe.

Outra possibilidade, segundo o especialista, apesar de rara e menos provável, é de, durante a relação, a movimentação do pênis empurrar o ar para dentro da vagina. “Os lábios vaginais e o próprio pênis podem servir como uma espécie de válvula para que esse ar não saia e se acumule, gerando uma pressão grande e levando ao rompimento do fundo de saco vaginal. Em pacientes com mais idade, pode acontecer, mas em pacientes mais jovens é bem raro”, completa.

O que fazer se houver o rompimento?

Em caso de sangramento vaginal intenso, Pupo orienta que é fundamental buscar atendimento médico com urgência. “Desde que seja identificado rapidamente, a paciente é submetida a um tratamento cirúrgico, no qual é feito a rafia, isto é, controlado o sangramento e realizado o fechamento da lesão — da mesma maneira que se faz quando é cortada a pele. A região é suturada até que toda área seja fechada. Depois disso, orienta-se esperar pelo menos quarenta dias para que a região recupere a firmeza e a mulher possa retomar a vida sexual”, finaliza.



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joao.dirle Bueno de Aguiar 07/02/2024

Bom dia.isto é um erro muito grande da medicina porque quando a mulher vai ao ginecologista ela não é alertada sobre este assunto pode acontecer com qualquer mulher e qualquer idade porque não alertarem sobre este assunto tenho 64 anos e nunca tinha ouvido falar deste saco de douglas teve que morrer uma jovem p o assunto vir a tona

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1 comentários