O desembargador, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Pedro Sakamoto negou, na última sexta-feira,13 o pedido de habeas corpus para soltura do ex-diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum, Henrique Francisco de Paula Neto, preso e investigado por possível facilitação da a fuga de 27 detentos, que saíram pela porta da frente da cadeia de Nova Mutum no último dia 5 de fevereiro.
No último dia 10 de março, terça-feira a juíza Helícia Vitti Lourenço, da Primeira Vara de Nova Mutum, já havia negado o pedido da defesa de um agente também investigado pela fuga. Conforme conta nos autos do processo por não haver condições para revogar a prisão preventiva do servidor.
Ambos, agente e ex-diretor seguem presos na Cadeia do município de Santo Antonio do Leverger, 35 km de Cuiabá.
A defesa do ex-diretor alegou que ele estava fora de expediente no momento da foga, apenas dormindo no local, tendo conhecimento do fato apenas no dia seguinte.
Para o desembargador a decisão foi baseada no seguinte critério. “Considero ainda a informação no sentido de que a ocorrência de ‘festinhas com garotas de programa’ era frequente no estabelecimento prisional, nas quais o paciente supostamente se fazia presente”, apontou Sakamoto, nos autos da decisão.
RELEMBRE O CASO
Durante a madrugada do dia 5 de fevereiro, 27 reeducandos fugiram pela porta da frente da Cadeia Pública de Nova Mutum. Segundo o setor de segurança pública dois agentes prisionais foram dopados por duas mulheres, uma delas namorada de um dos reeducandos. Após isto as celas foram abertas e os detentos conseguiram escapar.
Já consta na Justiça de Mato Grosso o inquérito montado pela Polícia Civil sobre o caso. Ainda estão sendo investigadas denúncias de corrupção e outras irregularidades.
Aos poucos a polícia realizou a recaptura de 20 reeducandos.
As mulheres envolvidas foram presas na Capital do Estado acompanhadas de um dos fugitivos. Ambas seguem detidas na penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na Capital.
INVESTIGAÇÃO
Esta sendo investigado ainda pelo Ministério Público Estadual (MPE) práticas de corrupção como: exigência de propina por parte dos agente, em troca de beneficio aos detentos. Facilitação da entrada de aparelhos celulares, drogas e realização de festas dentro da cadeia de Nova Mutum.
Depoimentos colhidos pelo MPE, no decorrer das investigações, demonstram que as práticas de corrupção ocorreram por diversas vezes. Consta na ação cautelar que as propinas exigidas
Fonte:MutumNoticias