Diego Fredereci/Folhamax
O juiz da 10ª Zona Eleitoral de Rondonópolis (216 Km de Cuiabá), Francisco Rogério Barros, negou um recurso do vereador Ary Campos (PT), cassado pela Justiça Eleitoral por supostas ligações com a facção criminosa “Comando Vermelho”. Apesar de mantida a cassação, ainda não há decisão colegiada da segunda instância do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) o que faz com que Ary continue no cargo.
No processo, o vereador, que também é advogado, alega que não foi comprovada no processo sua suposta ligação com a facção criminosa. A denúncia revela que membros do “Comando Vermelho” teriam “coagido” lojistas a pedir voto ao candidato nas eleições de 2024.
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“Não ficou demonstrado qualquer ligação entre [membros do Comando Vermelho] com o embargante Ary ou ainda qualquer outra evidência que pudesse demonstrar que o mesmo tinha conhecimento dos fatos, seja direta, seja indiretamente; e que as testemunhas, quando ouvidas em Juízo, também confirmaram a ausência de ligação do investigado com essas pessoas”, diz o vereador em sua defesa.
O juiz eleitoral admitiu que não foram encontradas conversas entre Ary Campos e os supostos faccionados, justificando sua decisão em razão de outras provas nos autos.
“Apesar de não ter sido encontrada conversas diretas entre os detentos e o candidato Ary Campos, ou deste com membros da facção, ou com os comerciantes ou eleitores, as provas coligadas aos autos comprovam que o investigado tinha plena ciência da participação direta da facção criminosa comando vermelho na sua candidatura”, analisou o juiz eleitoral.
O processo segue tramitando até análise de recurso pelo TRE/MT. Ary Campos foi eleito em 2024 com 1.960 votos.
