O Globo
A Polícia Civil interditou nesta quarta-feira (21/05) uma academia em Copacabana, na Zona Sul do Rio, após a aluna Dayane de Jesus, de 22 anos, morrer no local. Segundo as investigações da 12ª DP (Copacabana), não havia desfibrilador no local, além de a direção descumprir normas administrativas de socorro na unidade. Agora, eles vão investigar se o aparelho poderia ter ajudado a salvar a vítima. As informações foram noticiadas pelo RJ2, da TV Globo.
Segundo testemunhas, a jovem malhava no espaço por volta das 19h de terça-feira quando passou mal, caiu no chão e foi atendida por outro aluno, que seria médico. Dayane cursava Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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Uma lei aprovada em 2022 ampliou os locais que são obrigados a ter ao menos um desfibrilador para ajudar no socorro, incluindo as academias. A norma diz ainda que os responsáveis devem preparar as equipes para o adequado funcionamento do equipamento. Antes, de acordo com o ordenamento de 2021, apenas centros de treinamento deveriam contar com o equipamento.
Amigos da jovem relataram ao RJ2 que Dayane tinha histórico de problemas cardíacos, mas estava com os exames em dia.
— Independentemente disso, caso haja esse problema congênito, a gente precisa saber se a presença do desfibrilador poderia ter evitado essa morte —, afirmou o delegado Angelo Lages, titular da 12ª DP.
A polícia enviou a documentação sobre a interdição para a prefeitura, responsável por aplicar a multa pela falta do equipamento necessário na academia. Os investigadores querem ouvir testemunhas da hora da morte.