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POLÍTICA Segunda-feira, 19 de Maio de 2025, 10:50 - A | A

19 de Maio de 2025, 10h:50 - A | A

POLÍTICA / TESTEMUNHA

General cuiabano depõe em ação que pode condenar Bolsonaro

Pablo Rodrigo/Gazeta Digital
Brasília/DF



O general cuiabano Júlio Cesar Arruda, que comandou o Exército Brasileiro por cerca de 30 dias em 2023, será uma das 81 testemunhas indicadas por acusação e defesa, na ação penal da trama golpista que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como réu.

O depoimento de Júlio Cesar deverá ocorrer na próxima quinta-feira (22), quando se iniciará os depoimentos das testemunhas de defesa do delator, Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro entre 2019 e 2022. Nos bastidores, a informação é que as declarações do general cuiabano é um dos mais aguardados, tanto para a defesa de Cid, quanto para acusação, já que suas declarações podem corroborar com a colaboração premiada de Cid.

Em depoimentos anteriores, Júlio Cesar teria rejeitado a proposta de golpe de Estado para impedir que o presidente Lula (PT) assumisse o cargo em 1º de janeiro de 2023. A proposta foi apresentada pelo general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, no dia 28 de dezembro de 2022, data que Júlio Cesar assumiu o comando do Exército.

“O senhor vai assumir o comando depois de amanhã. O senhor tem de fazer alguma coisa!", teria dito Mário Fernandes. Porém, Júlio Cesar, que foi empossado dois dias depois, em 30 de dezembro daquele ano, teria sido bastante rude com o seu colega e acabou expulsando ele imediatamente juntos com os dois coronéis do Exército.

Quem acompanhou a cena, afirma que o general cuiabano ainda deu uma ordem para que os três nunca mais voltassem em sua sala enquanto ele fosse comandante do Exército. Tais informações vieram à tona em novembro do ano passado em uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Ao ser procurado na época, Júlio Cesar não comentou e não negou as informações.

Júlio Cesar foi destituído do cargo de comandante do Exército em 21 de janeiro de 2023, após entrar em conflito com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, por não retirar a nomeação de Mauro Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, uma unidade de elite do Exército.



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Angela Maria Tomazzoni 19/05/2025

Parabéns para esse profissional que não se esquivou do seu compromisso com a sociedade, de preservar a Lei e Ordem.

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1 comentários